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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A Charmosa Pinot Noir - Caitec Pinot Noir 2009


A Pinot Noir é uma uva de fina pele, baixa concentração de taninos, coloração leve e de precoce amadurecimento. Nativa da região de Borgonha/França, a Pinot Noir é uma uva de cultivo mais difícil, uma vez que é muito sensível a maioria dos climas,  exigindo maiores cuidados por parte dos vinicultores. A casta prefere climas temperados ou moderadamente frios, que proporcionam tintos com boa fruta e fineza. Em geral, as regiões que conseguem maior sucesso são aquelas de clima mais fresco.
É na França que tem a sua melhor expressão, pois os vinhos da Borgonha feitos com a Pinot Noir estão entre os melhores do mundo, principalmente os de Côte D´Or (Encosta de Ouro).
Mas, não somente a Borgonha produz bons Pinot Noir. Na própria França, o Vale do Loire, a Alsácia e, especialmente a Champagne, têm seus grandes exemplares. Em Champagne são produzidos os mais nobres e elegantes espumantes do mundo, utilizando-se a Pinot Noir em assemblages com as uvas Pinot Meunier e Chardonnay. 
No chamado Novo Mundo, merecem destaque os bons exemplares da Costa Central da Califórnia e os da Nova Zelândia, o mais importante produtor de Pinot Noir do hemisfério sul, em razão de seu terroir privilegiado. 
No Chile, alguns bons PN estão sendo produzidos nos vales de Casablanca e San Antonio, que recebem influência das brisas frias do Oceano Pacífico.
Alguns produtores brasileiros oferecem tintos de PN frutados, leves e corretos.

Em minha busca por bons Pinot Noir, descobri o Caitec Pinot Noir 2009, um argentino originário da Patagônia, produzido pela Bodega Caitec ,que merece um espaço neste blog.

A vinícola Caitec localiza-se em Neuquén, região mais ao sul, no início da Patagônia argentina. É um dos mais modernos e recentes projetos vinícolas do país.

O clima da região é frio, mas ideal para o cultivo da casta, que colhida manualmente e cuidadosamente selecionada, elabora este vinho de excelente relação custo x qualidade.
  
Ficha técnica do vinho
Caitec Pinot Noir
Safra: 2009
Produtor: Bodega Caitec
Região: Neuquén Patagônia (Argentina)
Uvas: Pinot Noir (100%)
Teor Alcoólico: 14,0%
Amadurecimento: 3 meses

Preço: R$ 44,00 (http://www.worldwine.com.br)  



Minhas percepções
De bela coloração rubi clara, transparência regular, muito límpido, apresenta lágrimas densas.
Aromas intensos e razoavelmente persistentes, frutados, com nuances de frutos silvestres frescos.
Em boca apresenta boa acidez, álcool equilibrado, taninos equilibrados e macios.
De médio corpo, é um vinho equilibrado, fino, razoavelmente intenso e razoavelmente persistente.
Finaliza deixando a boca enxuta.




Gostei muito deste vinho. Simples, porém muito correto.



Avaliação Técnica: 70 pontos (EKN) - entenda


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Dicas e Curiosidades do Mundo dos Vinhos: Vinho e Saúde - Parte Final


A mais importante descoberta dos últimos tempos, com respeito a relação vinho-saúde, é o bem que faz ao sistema cardiovascular. 
Está comprovado que as substâncias flavonóides existentes no vinho tinto, o resveratrol e a procianidina, inibem a oxidação do LDL, além de estimular a produção do bom colesterol (HDL). O resveratrol também atua dificultando a agregação de plaquetas.
O consumo moderado de vinho, principalmente do vinho tinto, traz muitos benefícios à saúde, 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Um Simpático Branco do Rhone




A região do Rhone, localizada ao sul da França, é muito conhecida pelos seus potentes tintos de Shiraz e Grenache. É cortada de norte a sul pelo Rio Rhone (Ródano em português) e dividida em duas partes, com características de solo, clima, terroir e uvas bem diferentes.
No Vale Setentrional, onde situa-se Châteauneuf-du-Pape, a mais famosa denominação de origem do Rhone, o clima é continental, caracterizado por invernos frios e verões bem quentes e os seus solos são graníticos.
Na outra parte, o Vale Meridional, o relevo é formado por encostas mais suaves, o clima é mais quente (meridional) e os vinhedos sofrem influência do mar. 
As principais sub-regiões produtoras do Rhone são: Cotes du Rhone, Hermitage, Crozes-Hermitage, Cote-Rotie, Cotes du Rhone Villages e Chateauneuf du Pape.  
Embora a região receba destaque pelos seus belos tintos, os produtores da região também produzem bons brancos, com predominância das uvas Viognier, Marsanne e Rousanne, que dão origem a alguns dos mais finos e elegantes vinhos franceses. 

La Vieille Ferme Blanc 2010 é um bom exemplo do terroir do Rhone. Os vinhedos da vinícola La Vieille Ferme onde são cultivadas as uvas que dão origem a este simples, mas agradável branco, situam-se no Parque Nacional de Luberon, próximos a Avignon. 
Cabe ressaltar que as uvas foram colhidas relativamente tarde.

Vamos ao vinho.

Ficha técnica do vinho
La Vieille Ferme Blanc
Safra: 2010
Produtor: La Vieille Ferme 
Região: Vale do Maule (Chile)
Uvas: Grenache Blanc, Bourboulenc, Ugni Blanc e Rousanne
Teor Alcoólico: 13,0%
Amadurecimento: não disponível

Preço: Não disponível


Minhas percepções
De coloração amarelo palha bem clara, muito límpido, brilhante e muito transparente. Lágrimas com média densidade.
No exame olfativo, de início apresenta-se um pouco fechado, com aromas leves, quase que imperceptíveis. Com o tempo vai abrindo e aparece um leve aroma de maracujá, pouco intenso e pouco persistente.
Em boca, de corpo leve, sem taninos e com acidez na medida certa.
Álcool, frutas (damasco, maracujá, limão) e acidez em perfeito equilíbrio.


Conheci este vinho no bistrô Apreciatti Tijuca, e acompanhou muito bem uma quiche de queijo. 


Refrescante e agradável, ideal para dias quentes.
Uma boa experiência.



Avaliação Técnica: pontuação não atribuída - entenda


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Dicas e Curiosidades do Mundo dos Vinhos: Vinho e Saúde - Parte 2


No século XIX, indicava-se aos pacientes alérgicos o consumo de morangos embebidos em vinho tinto, como forma de minorar o risco de alergias, uma vez que a bebida atua como inibidora da formação de histamina, substância responsável pelos fenômenos alérgicos.
O vinho também é uma boa fonte de sais minerais, dentre eles cálcio, potássio e magnésio, além de ser rico em Vitamina B, o que o faz atuar como facilitador da digestão.
Existe até vinho indicado para o combate a velhice: O Champagne.

Dicas e Curiosidades do Mundo dos Vinhos: Vinho e Saúde - Parte 1


Embora os benefícios do vinho à saúde tenham sido noticiados apenas nos últimos anos, no século V a.C. Hipócrates já utilizava vinho branco para tratar ferimentos abertos de seus pacientes, além de receitá-lo como diurético, por ser rico em elementos que estimulam a eliminação de substâncias tóxicas.
No século XIX, descobriu-se que os habituais consumidores de vinho eram menos afetados pela cólera que os bebedores de água e, ao final do século, os médicos recomendavam o vinho como terapia complementar no combate ao tifo.
Recentemente, pesquisadores canadenses e americanos descobriram a ação positiva do vinho tinto aplicado sobre feridas, no combate a certos vírus, como o herpes.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Finca Flichman Caballero de la Cepa CS 2009

A Cabernet Sauvignon é a grande rainha dos vinhos. Resultado do cruzamento natural entre a Cabernet Franc e a Sauvignon Blanc, é a mais cultivada e utilizada na produção de vinhos finos e também a preferida pela maioria dos apreciadores deste líquido precioso.

Originária de Bordeaux, é a protagonista dos grandes vinhos produzidos pelos mais renomados château da região, dentre eles Château Lafite e Château Margaux. Seus vinhos são de coloração escura, ricos em taninos  e bem encorpados.

Por adaptar-se facilmente à diversos tipos de clima e solo, a Cabernet Sauvignon é cultivada em praticamente todos os países produtores de vinhos e, em muitos casos, encontra o terroir ideal para o seu perfeito amadurecimento. Magníficos exemplares varietais são encontrados na Califórnia e no Chile, e muitos bons assemblages são feitos na Itália (ex: Supertoscanos - CS com Sangiovese), na Austrália (CS com Shiraz) e no próprio Chile.

Embora a vinicultura argentina se destaque pelos seus grandes vinhos da uva Malbec, muitos bons Cabernet(s) também são produzidos no país, e o Finca Flichman Caballero de La Cepa Cabernet Sauvignon 2009 é um potente argentino elaborado pela vinícola Finca Flichman em Mendoza. 
P.S.: quem quiser saber mais sobre as características da região de Mendoza, clique aqui.

A Finca Flichman é uma tradicional vinícola argentina fundada em 1873 pelo imigrante polonês Sami Flichman que foi adquirida em sua totalidade em 1998 pela Sogrape, principal empresa vinícola de Portugal, iniciando assim o seu projeto de reestruturação, inovação e desenvolvimento.
A tradicional sede da empresa situa-se aos pés da Cordilheira dos Andes, em Barrancas, Maipú (Norte de Mendoza), mas a vinícola possui três outras bodegas em Carrodilla, Perdriel e Junin.

Sua produção anual chega a 24 milhões de litros, com o engarrafamento de 16 milhões de garrafas ao ano, e seus vinhos são exportados para os diversos países dos sete continentes, dentre eles Brasil, Austrália, Angola, Canadá e Rússia.  



                                http://www.vinesofmendoza.com


O Caballero de la Cepa Cabernet Sauvignon é considerado o primeiro vinho fino varietal produzido em território argentino.

Ficha técnica do vinho
Finca Flichman Caballero de la Cepa Cabernet Sauvignon
Safra: 2009
Produtor: Finca Flichman
Região: Mendoza (Argentina)
UvasCabernet Sauvignon (100%)
Teor Alcoólico: 14,0%
Amadurecimento: 6 meses em barricas de carvalho francês e americano e 3 meses em garrafa.

Preço: Não disponível.  



Minhas percepções
Coloração vermelho rubi escura, brilhante, límpido, com lágrimas densas e transparência regular.
Aromas intensos, frutados, amadeirados e muito persistentes.
Em boca encorpado, taninos bem presentes, embora maduros, boa acidez e álcool em perfeito equilíbrio a fruta. Perfeita estrutura.
Sabores muito intensos e com final persistente.
Vinho aveludado, que enche a boca.
Precisa de um bom corte de carne vermelha para acompanhá-lo.



Vinho cortejou muito bem o prato da noite (picanha com arroz a piamontese), em mais um jantar maravilhoso em companhia de minha esposa Fernanda, dessa vez no restaurante Plataforma 1 no Leblon.


Vale muito a compra!



Avaliação Técnica: pontuação não atribuída - entenda



domingo, 17 de fevereiro de 2013

Grande Assemblage Australiano

O vinho que apresento hoje foi degustado em uma das aulas do curso Tradição, Conhecimento e Prática dos Vinhos (mais conhecido como curso básico), na Associação Brasileira de Sommeliers ABS-RJ, do qual fui aluno em 2010.

O Shadows Run Shiraz/Cabernet Sauvignon 2007 é um blend espetacular produzido pela vinícola Fox Creek,  em McLaren Valley, Sul da Austrália. 

A Fox Creek está instalada em McLaren Valley e é a realização de um sonho de um grupo de médicos, que transformaram a paixão pelo vinho em uma das vinícolas mais reconhecidas da Austrália. 

McLaren Valley situa-se a 35 quilômetros da cidade de Adelaide, capital do Sul da Austrália. É uma das renomadas regiões vinícolas do país, muito conhecida pela produção de algum dos melhores vinhos do mundo.

                                                    fonte: http://vinhosemsegredo.wordpress.com


O clima no vale é mediterrâneo, com as quatro estações bem definidas. Os verões são quentes e secos (entre dezembro e março). Os invernos não são muito rigorosos, entretanto, na maioria dos anos chove durante toda a estação (registrados índices pluviométricos entre 580 a 700 mm ao ano). Muito raramente ocorrem geadas ou secas na região.

Seus solos possuem características diversificadas - argilosos, arenosos - e, em geral, possuem muito boa drenagem, com pouca retenção de água, o que facilita o preciso controle de umidade nos vinhedos. Como as chuvas são regulares no inverno, a irrigação pode ser mantida a baixos níveis, garantindo a produção de frutos de excelente concentração de sabores e açúcares.



                              fonte: http://www.viabrblog.com.br


Ficha técnica do vinho
Fox Creek Shadows Run Shiraz/Cabernet Sauvignon
Safra: 2007
Produtor: Fox Creek
Região: McLaren Valley (Sul da Austrália)
Uvas: Shiraz (84%) e Cabernet Sauvignon (16%)
Teor Alcoólico: 14,0%
Amadurecimento: de 03 a 06 meses em barricas de carvalho francês e americano

Preço: R$ 84,90 (http://www.vinhocracia.com.br)



Minhas percepções
Coloração vermelho rubi escura, brilhante, transparente, com lágrimas densas e lentas.
Aromas intensos e persistentes, com nuances vegetais (mata, tabaco) e coco queimado, resultante da tosta do carvalho.
Em boca corpo médio a encorpado, chegando com leve toque doce, leve tanicidade, acidez baixa e álcool presente, mas apresentando perfeito equilíbrio fruta/álcool/taninos/acidez.
Sabores bem intensos, com boa persistência e agradável final.



Vinho que pede um bom grelhado para acompanhá-lo.


Pode ser considerado uma ótima compra.



Avaliação Técnica: 80 pontos (EKN) - entenda



Dicas e Curiosidades do Mundo dos Vinhos: Casamento entre Uvas


Algumas uvas são o resultado do cruzamento realizado entre outras duas castas.
- Cabernet Sauvignon: A Vitis vinífera mais conhecida e mais apreciada em todo o mundo é também o caso mais clássico de cruzamento entre outras duas uvas. Nasceu do resultado de um cruzamento natural entre a Cabernet Franc e a Sauvignon Blanc. 
- Pinotage: Muito cultivada nos vinhedos da África do Sul e considerada a uva emblemática do país, resultou do cruzamento entre as uvas Pinot Noir e Hermitage (denominação dada a uva Cinsault na África do Sul).

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Novamente Chardonnay - Club des Sommeliers 2011

Empolgado com a postagem sobre a uva Chardonnay, resolvi degustar hoje um vinho que sempre me provocava muita curiosidade ao entrar em supermercados e vê-lo nas prateleiras. E, passando hoje em uma loja do Extra, resolvi desafiar o Club des Sommeliers Chardonnay 2011.

Trata-se de um vinho baratinho, daqueles que nos intrigam e nos remetem àquela famosa pergunta: Será que vale a pena? O que terá a oferecer?

Embora saiba que não posso esperar dele muita complexidade e elegância, procuro sempre realizar minhas degustações sem qualquer tipo de preconceito (preço, origem, vinícola) ou expectativa. Além disso, busco sempre avaliar os vinhos sob os critérios técnicos, evitando ser influenciado pelo gosto pessoal. Confesso que não é uma tarefa muito fácil, mas com o tempo e alguns mls rodados (rs), percebe-se que isto é possível sim.

Estou fazendo a degustação em casa, neste exato momento. Pela primeira vez neste blog, posto ao vivo uma avaliação.

Não vou comentar novamente sobre a Chardonnay, pois a bela casta já ganhou um tópico exclusivo na última publicação (clique aqui).

O vinho é produzido pela Viña Carta Vieja no Vale do Maule (Chile) e faz parte de um projeto denominado Club des Sommeliers, desenvolvido pelo Grupo Pão de Açúcar, com a proposta de oferecer aos seus clientes diversos rótulos do Velho e do Novo Mundo, à preços acessíveis e com boa qualidade. Diga-se de passagem, uma grande iniciativa do grupo, no sentido de popularizar o consumo da bebida preferida de Baco.

Este vinho é o primeiro que degusto desta linha. Vamos à ele.

Ficha técnica do vinho
Club des Sommeliers Chardonnay 2011
Safra: 2011
Produtor: Viña Carta Vieja
Região: Vale do Maule (Chile)
UvasChardonnay
Teor Alcoólico: 13,0%
Amadurecimento: não disponível

Preço: R$ 11,90 (meia garrafa - Supermercado Extra Tijuca)
Obs: A importação é exclusiva do Grupo Pão de Açúcar.


Minhas percepções
De coloração amarelo palha claro, com reflexos dourados, apresenta muito brilho, limpidez e transparência. Lágrimas de média densidade.
Aromas frutados de maracujá, pêssegos e abacaxi. Razoavelmente intensos, porém curtos (muito imediatos). 
Em boca é de médio corpo, macio, com ausência de taninos e com álcool, acidez e fruta em perfeita harmonia. Chega doce à boca, com boa cremosidade (amanteigado). 
É razoavelmente intenso e seu final boca (retrogosto) é razoavelmente persistente.



Um vinho que cumpre perfeitamente a sua proposta: Agradável, barato e refrescante.
Com bom frescor, pronto para beber. Não deve ser guardado. Simples, porém correto.


Vale a compra, se não for para uma ocasião especial.




Dicas e Curiosidades do Mundo dos Vinhos: Por que Decantar?


Há duas boas razões para se decantar um vinho:
- Evitar que os resíduos formados por sedimentos de taninos, cristais de ácido tartárico e pigmentos corantes (naturais) sejam passados para as taças. Em geral, estes resíduos aparecem em vinhos com idade avançada, embora também dependa do tipo de vinho (ex: vinhos do porto).
- Melhorar o gosto do vinho: Decantar também faz o vinho respirar e liberar seus aromas, revelando as suas melhores características, antes de servi-lo, uma vez que amplia a superfície em contato com o oxigênio.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A Rainha Chardonnay - Rutini Trumpeter Chardonnay


A Chardonnay é a uva branca mais conhecida do grupo das Vitis viníferas e também a mais cultivada para a produção de vinhos brancos de qualidade.
Originária da região de Borgonha (França), é uma casta que facilmente adaptou-se à diversas outras regiões não somente da Europa (Velho Mundo), como também dos demais continentes (Novo Mundo). Isso foi possível devido a sua fácil adaptação a diferentes tipos de solos e climas.
Os vinhedos de zonas quentes costumam gerar vinhos mais encorpados, com aromas de maçãs, pêssegos, porém de menor vivacidade, enquanto que os vinhos das áreas mais frias ou de altitudes mais elevadas, em geral são mais frescos e cítricos.

Seus estilos de vinho, leves e frutados ou os mais untuosos com influência de carvalho, são de fácil aceitação, sendo apreciados e admirados no mundo todo.

O vinho de hoje representa bem o potencial de cultivo da Chardonnay no Novo Mundo. Trata-se do Rutini Trumpeter Chardonnay 2011, um exemplar produzido pela Rutini Wines na região de Tupungato, em Medoza (Argentina).

A região de Tupungato localiza-se aos pés da Cordilheira dos Andes, onde a amplitude térmica (diferença entre as temperaturas registradas durante o dia e à noite) é muito favorável ao perfeito amadurecimento das uvas, resultando em vinhos ricos em fruta e finesse.


                                  fonte: http://www.mythoswines.com


Como a história do produtor já foi abordada na postagem O Charme de Mendoza em uma Taça, publicada em 18/01/2013, não vou contá-la novamente aqui, evitando ser repetitivo. Quem quiser maiores informações à respeito da Rutini Wines clique aqui.

Passemos então às características deste belo Chardonnay.


Ficha técnica do vinho
Rutini Trumpeter Chardonnay 2011
Safra: 2011
Produtor: Rutini Wines
Região: Tupungato/Mendoza (Argentina)
UvasChardonnay
Teor Alcoólico: 13,5%
Amadurecimento: 7 meses em carvalho francês

Preço: R$ 53,00 (http://www.vinhoszahil.com.br)



Minhas percepções
De coloração palha claro, muito brilhante, límpido e transparente, apresenta lágrimas de leve densidade.
Muito frutado. Seus aromas são muito intensos e persistentes, lembrando maracujá, pêssegos e leve abaunilhado.
Em boca é de médio corpo, com ausência de taninos, acidez marcante, embora em perfeito equilíbrio acidez/álcool/fruta.
Sabores intensos, com toque inicial adocicado e final lembrando limão.
Retrogosto muito persistente.
Um ótimo vinho!



Bebi este vinho no restaurante Sorrento, Puerto Madero-Buenos Aires, em companhia de minha esposa Fernanda, em um jantar agradabilíssimo e uma noite inesquecível. Harmonizou perfeitamente com os pratos que escolhemos - Risoto de Camarões com Açafrão e Risoto de Centolla (o caranguejo gigante do pacífico).  

É, sem dúvida, um Chardonnay que merece um lugar na adega (e na taça, é claro!).



Grande vinho, com excelente custo x qualidade. Este eu indico!



Avaliação Técnica: 100 pontos (EKN) - entenda