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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Concha y Toro Terrunyo Cabernet Sauvignon 2008

O vinho de hoje estava guardado em minha pequena adega há exatos 18 meses. Resultado de mais uma garimpada nas viagens ao Chile, o Concha y Toro Terrunyo Cabernet Sauvignon 2008 conseguiu superar as minhas expectativas.

vinícola e o terroir chileno já foram comentados em publicações anteriores. Sendo assim, peço permissão para avançar à análise do vinho, cujas castas são produzidas por vinhas com mais de 34 anos de idade, em altitude de 680 metros.

Ficha técnica do vinho
Terrunyo Cabernet Sauvignon
Safra: 2008
Produtor: Concha y Toro
Região: Vale do Maipo (Chile)
Uvas: 95,5% Cabernet Sauvignon e 4,5% Cabernet Franc
Teor Alcoólico: 14,5%
Amadurecimento: 18 meses em carvalho francês

Preço: R$ 48,00 (loja da Concha y Toro - há 1 ano e meio)

Obs: 92 pontos Robert Parker


Minhas percepções
De coloração rubi-escura, com reflexos grená, límpido, brilhante, opaco e com lágrimas muito densas.
Aromas muito intensos e muito persistentes, com notas de especiarias (noz moscada), alcaçuz, pimenta, apresenta também frutas negras (ameixa em compota, passas), castanha e a madeira está presente. Muito complexo.
Em boca, é muito encorpado, potente, quente, mas com álcool em perfeita harmonia com a fruta, a acidez e com os taninos. Muito intenso e com um final longo e elegante.
Pela estrutura, demonstra potencial para mais uns 3 a 4 anos em garrafa.
Harmônico e perfeito!


Vinho espetacular!
Mais um que entra para o rol dos meus favoritos.



Avaliação Técnica: 100 pontos (EKN) - entenda


quarta-feira, 10 de julho de 2013

Achavel Ferrer Malbec 2011

Amigos, hoje trago mais um vinho do rol dos que há muito tempo (e bota tempo nisso) anseio por degustar.

Trata-se do Malbec produzido por uma das mais conceituadas e tradicionais vinícolas argentinas, a Achaval Ferrer. Fundada em 1998, a vinícola zela pela produção de vinhos de alta qualidade, sem abrir mão do carinho pela terra. Seus vinhos possuem muita personalidade, figurando entre os melhores do mundo.

Estabelecida em Mendoza, a Achaval Ferrer beneficia-se pelo excelente terroir da região, que aliado às modernas técnicas de produção e aos melhores métodos de elaboração, resultam em vinhos de incontestável qualidade.

O enólogo da vínicola, Roberto Cipresso, também sócio da empresa, é considerado um dos mais talentosos jovens enólogos italianos.

Para conhecer melhor a história da vinícola e sua estrutura clique aqui.


                               fonte: www.achaval-ferrer.com


Ficha técnica do vinho
Achaval Ferrer Malbec
Safra: 2011
Produtor: Achaval Ferrer
Região: Mendoza (Argentina)
Uvas: 100% Malbec
Teor Alcoólico: 14,5%
Amadurecimento: 9 meses em carvalho francês

Preço: R$ 85,00 (www.wine.com.br)

Obs: 92 pontos Wine Spectator



Minhas percepções
De coloração rubi-escura e muito intensa com reflexos violáceos, opaco, brilhante, com lágrimas muito densas (muito extrato e muito corpo), límpido, apresentando ao final algumas borras.
Ao nariz chega muito intenso, franco, fragrante e bem complexo. Elegante, apresentando notas marcantes de frutas vermelhas, lembrando amoras, framboesas, um toque de amêndoas. Muito persistente.
Em boca, é muito encorpado. Enche a boca. Equilibrado, muito frutado, com álcool intenso, mas em harmonia com taninos (presentes, mas em equilíbrio) e com a acidez em perfeita medida. 


Vinho magnífico! Cresce a cada taça.
Robusto, potente, macio, elegante. Ainda jovem.

Entrou para a minha lista de favoritos.



Avaliação Técnica: 96 pontos (EKN) - entenda


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Hardys Stamps of Australia Syrah/Cabernet Sauvignon 2011

O vinho de hoje é um australiano que há tempos vinha flertando, mas sempre acabava deixando-o para depois em prol de outra garrafa.

South Australia é um dos seis estados australianos. A região é rica em vinhedos. Lá que Thomas Hardy plantou suas primeiras vinhas, em sua maioria Syrah e Grnache, fundando mais tarde, ao final do século XIX, a sua vinícola Tom Hardy & Son.


                               fonte: www,hardys.com.au


Ficha técnica do vinho
Hardys Stamps of Australia Syrah/Cabernet Sauvignon
Safra: 2011
Produtor: Estd Hardys
Região: South Australia (Australia)
Uvas: Syrah/Cabernet Sauvignon 
Teor Alcoólico: 13,5%
Amadurecimento: 6 meses em barrica de carvalho francês e americano

Preço: R$ 34,00 (Lidador)



Minhas percepções
De coloração rubi-mediana, com leves reflexos granada, leve opacidade, brilhante e com lágrimas médias a densas. Embora límpido, ao final da taça apresentou resíduos de tartarato.
Ao nariz apresenta-se franco, fragrante, amplo, com aromas frutados, lembrando ameixas, compota de frutas negras e madeira presente. Muito intenso e muito persistente.
Em boca é seco, com acidez fresca, álcool equilibrado, taninos equilibrados. Um vinho macio, encorpado, equilibrado fino, muito intenso e que termina bem, deixando a boca enxuta e com final bastante longo.


Muito bom vinho. Excelente custo x qualidade.



Avaliação Técnica: 89 pontos (EKN) - entenda



quinta-feira, 13 de junho de 2013

Ventus Roble Cabernet Sauvignon 2010

Volto hoje às postagens após algumas semanas sem abrir uma garrafinha se quer. Esses dias andei um pouco atarefado e sem tempo para uma pausa para o vinho (por mais incrível que possa parecer).

Aproveitei o clima romântico de ontem, Dia dos Namorados, para sacar a rolha do vinho que apresento hoje: Ventus Roble Cabernet Sauvignon 2010, Bodegas del Fin del Mundo.


                                                    fonte: arquivo pessoal


A Bodegas del Fin del Mundo é um grande produtor da Patagônia Argentina, estabelecida desde 1996 em Neuquén, onde, em meio ao deserto patagônico, os vinhedos dão origem a uvas de grande qualidade. Os 2000 hectares de primeiras videiras foram plantadas em 1999.


                              fonte: www.bodegasdelfindelmundo.com 


O clima da região é caracterizado por amplitude térmica de 20°C, chuvas muito escassas (180mm anuais) e umidade baixa. Tais condições são favoráveis ao desenvolvimento das uvas, por permitirem o lento amadurecimento, conferindo boa relação entre acidez e açúcar, bem como bela coloração às castas. 


Ficha técnica do vinho
Ventus Roble Cabernet Sauvignon
Safra: 2010
Produtor: Bodegas del Fin del Mundo
Região: Patagônia (Argentina)
Uvas: Cabernet Sauvignon 
Teor Alcoólico: 14,0%
Amadurecimento: 6 meses em barrica de carvalho francês e americano

Preço: R$ 36,00 (wine.com.br)



Minhas percepções
De coloração rubi escura, com reflexos granada, leve opacidade, brilhante e com lágrimas densas.
Vinho franco, fragrante, frutado, sem complexidade de aromas. Aromas intensos, razoavelmente persistentes, lembrando frutas vermelhas, castanha, amêndoa e madeira.
Em boca apresenta acidez viva, álcool equilibrado, macio, encorpado e com taninos leves e equilibrados. 
O vinho apresenta bom equilíbrio, é razoavelmente fino, razoavelmente intenso e razoavelmente persistente. A madeira está bem presente em boca, o que acaba justificando o nome Roble (carvalho em espanhol).


Bom vinho. Simples e marcado pela madeira.



Avaliação Técnica: 63 pontos (EKN) - entenda


terça-feira, 28 de maio de 2013

Chateau des Vierres - Beaujolais Villages 2010

Bem amigos, hoje relato a minha primeira experiência com um Beaujolais. Sempre tive muita curiosidade em conhecer este tipo de vinho, principalmente pelas características apontadas por todos os degustadores que, em geral, descrevem o vinho como leve, frutado, refrescante, sem muita complexidade e sem compromisso.

O escolhido foi o Chateau des Vierres - Beaujolais Villages 2010, produzido por Georges Duboeuf, com a casta Gamay, uva típica do Beaujolais.

Os vinhos feitos com a Gamay em sua maioria apresentam corpo leve, raramente são próprios para  envelhecer e têm como principal objetivo refrescar, para serem bebidos enquanto jovens.


                                             fonte: arquivo pessoal


Ficha técnica do vinho
Chateau des Vierres Beaujolais Villages 
Safra: 2010
Produtor: Georges Duboeuf
Região: Borgonha (França)
Uvas: Gamay 
Teor Alcoólico: 12,5%
Amadurecimento: não disponível

Preço: R$ 23,00 meia garrafa (Lidador)



Minhas percepções
Bela coloração rubi clara, com reflexos granada, brilhante, límpido e muito transparente. Muitas lágrimas de densidade leve.
Ao nariz chega franco, fragrante, frutado (frutos do bosque frescos) e vinoso. Lembra ameixas vermelhas. Fundo de copo lembrando café.
Em boca tem acidez viva (refrescante), é pouco alcoólico, macio, de corpo leve e taninos equilibrados. 
Fruta fresca bem presente, embora sem excessos.
Vinho equilibrado, razoavelmente fino, razoavelmente intenso e com fim de boca razoavelmente persistente.



Leve e agradável, embora bem simples. Ideal para momentos descontraídos.



Avaliação Técnica: 62 pontos (EKN) - entenda


domingo, 26 de maio de 2013

DÃO Foral D. Henrique 2005

Olá pessoal!

O vinho selecionado ontem para acompanhar um Ravioli à Bolonhesa, preparado por este enófilo que vos fala, foi um maduro português elaborado com a tradicionalíssima casta de nossos colonizadores, Touriga Nacional, com adição da casta Jaen, recentemente estabelecida no Dão e que na Espanha também é cultivada, conhecida no entanto como Mencía.

Casta Jaen
                                                                      fonte: http://www.cvbairrada.pt


Situada na região da Beira Alta, no Centro Norte de Portugal, a zona do Dão possui excelentes condições geográficas para a produção de vinhos, uma vez que as montanhas protegem os vinhedos da influência dos ventos. São no total 2000 hectares de vinhas, estabelecidas entre 400 e 700 metros de altitude, em áreas com solos xistosos ou graníticos de pouca profundidade.

O clima da região é influenciado pelo Atlântico e pelo interior, ocasionando invernos frios e chuvosos e verões quentes e secos.


                                                      fonte: http://sommelierdan.blogspot.com.br



O Dão Foral D. Henrique 2005 não somente fez um par perfeito com o ravioli à bolonhesa, como também demonstrou que pode ser bebido sem compromisso, ou seja, fazendo um solo (rs).


                                         fonte: arquivo pessoal


Ficha técnica do vinho
Foral D. Henrique DÃO
Safra: 2005
Produtor: Foral D. Henrique
Região: DÃO (Portugal)
Uvas: Touriga Nacional e Jaen 
Teor Alcoólico: 12,5%
Amadurecimento: não disponível

Preço: R$ 23,00 meia garrafa (Lidador)



Minhas percepções
Coloração rubi mediana, com reflexos grená, límpido, brilhante, levemente opaco. Lágrimas de densidade média para leve.
No exame olfativo demonstra-se franco, amplo, fragrante, com aromas finos razoavelmente intensos e de curta persistência. Notas de frutas secas, ameixas em compota, passas, mas também ameixas vermelhas e toques florais (rosas vermelhas murchas) - características de vinho já maduro e evoluído.
Em boca apresenta médio corpo, acidez sápida (leve), pouco tânico, pouco alcoólico, frutas secas e notas florais confirmam presença, tudo bem equilibrado, com razoável intensidade e razoável persistência.


Não é um vinho de grande estrutura e complexidade, mas se mantém fino/elegante e equilibrado até a última taça, sem excessos de frutas ou outros elementos.

Correto e com boa relação custo x qualidade.


Avaliação Técnica: 67 pontos (EKN) - entenda


sábado, 25 de maio de 2013

Melini Pian del Masso Chianti 2011


Mais um Chianti aqui no blog! 

Devo confessar que tenho grande apreço pelos Chiantis. São vinhos da belíssima região da Toscana que costumam não decepcionar e, em geral, são bem gastronômicos. E, produzido pela  Fattoire Melini, vinícola fundada em 1705 em Pontassieve (Chianti), o Pian del Masso Chianti 2011 não poderia ser diferente. A tradição familiar, o amor a terra e a videira e o respeito ao terroir, são os ingredientes considerados mais importantes pela família Melini. 

A vinícola, que hoje é um dos nomes mais enraizados e respeitados na região de Chianti Clássico,  localiza-se a 300 metros de altitude e possui 554 hectares divididos em cinco vinhedos. Foi a primeira na Toscana, e uma das primeiras na Itália, a adotar o sistema de divisão dos vinhedos em lotes, de acordo com a qualidade dos vinhos produzidos.


                                         fonte: www.gruppoitalianovini.com


Ficha técnica do vinho
Pian del Masso Chianti
Safra: 2011
Produtor: Frattoire Melini
Região: Toscana (Itália)
Uvas: 100% Sangiovese Grosso
Teor Alcoólico: 13,0%
Amadurecimento: não disponível.

Preço: R$ 30,00 meia garrafa (Lidador)



Minhas percepções
Coloração rubi mediana para clara, com reflexos de tons claros (cereja), límpido, brilhante, transparente. Lágrimas médias.
Ao nariz um vinho franco, amplo, fragrante, com aromas intensos de frutas vermelhas com notas que lembram cerejas maduras (compota), algo vegetal e caramelo. Aromas persistentes.
Em boca é de médio corpo, acidez viva, taninos ainda bem presentes e álcool equilibrado.
Intenso, razoavelmente persistente, equilibrado, macio.



Outra ótima relação custo x qualidade.


Avaliação Técnica: 76 pontos (EKN) - entenda


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Dom Román 2010


Bem amigos, o vinho que apresento hoje (degustado ontem) é um exemplar da Rioja, Espanha, terra dos grandes Tempranillos, produzido pela Bodega y Viñedos Marqués de Tomares. A vinícola é uma empresa familiar resultante da dedicação de Dom Román Montaña, que iniciou a produção de vinhos em 1910, embora a bodega tenha sido fundada apenas em 1989, estabelecendo-se na região de Fuenmayor (Rioja-Espanha) na subregião de Rioja Alta. Atualmente, a vinícola é gerenciada pelos netos de Dom Román.


                                   fonte: http://www.marquesdetomares.com


O Dom Román é um assemblage espanhol das uvas Tempranillo (90%) e Graciano (10%), duas uvas de origem espanhola, sendo a primeira assim denominada devido ao seu precoce amadurecimento. A Tempranillo é uma uva muito cultivada na Espanha, sendo muito aromática e que produz vinhos elegantes e com bom potencial de guarda, enquanto que a Graciano é bem menos abundante, apresentando baixo rendimento e, em geral, é encontrada nos vinhedos misturada a outras uvas. 


                                                             fonte: arquivo pessoal


Ficha técnica do vinho
Don Román
Safra: 2010
Produtor: Bodega y Viñedos Marqués de Tomares
Região: Rioja (Espanha)
Uvas90% Tempranillo, 10% Graciano
Teor Alcoólico: 13,0%
Amadurecimento: 3 meses em barrica de carvalho novo e 9 meses em garrafa.

Preço: R$ 30,00 meia garrafa (Lidador)



Minhas percepções
Coloração rubi mediana com leves reflexos violáceos, de transparência regular, brilhante, límpido e com lágrimas de média densidade.
Ao nariz demonstra-se franco, amplo, fragrante, com aromas intensos e persistentes. É frutado (pequenos frutos do bosque), lembrando cassis e ameixas negras (compota).
Em boca é macio, de médio corpo, com bom frescor, taninos/álcool/fruta/acidez em equilíbrio. 
Um vinho pronto para beber, fino, intenso e com final persistente.


Simples, mas muito agradável.
Uma ótima relação custo x qualidade.


Avaliação Técnica: 76 pontos (EKN) - entenda