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terça-feira, 28 de maio de 2013

Chateau des Vierres - Beaujolais Villages 2010

Bem amigos, hoje relato a minha primeira experiência com um Beaujolais. Sempre tive muita curiosidade em conhecer este tipo de vinho, principalmente pelas características apontadas por todos os degustadores que, em geral, descrevem o vinho como leve, frutado, refrescante, sem muita complexidade e sem compromisso.

O escolhido foi o Chateau des Vierres - Beaujolais Villages 2010, produzido por Georges Duboeuf, com a casta Gamay, uva típica do Beaujolais.

Os vinhos feitos com a Gamay em sua maioria apresentam corpo leve, raramente são próprios para  envelhecer e têm como principal objetivo refrescar, para serem bebidos enquanto jovens.


                                             fonte: arquivo pessoal


Ficha técnica do vinho
Chateau des Vierres Beaujolais Villages 
Safra: 2010
Produtor: Georges Duboeuf
Região: Borgonha (França)
Uvas: Gamay 
Teor Alcoólico: 12,5%
Amadurecimento: não disponível

Preço: R$ 23,00 meia garrafa (Lidador)



Minhas percepções
Bela coloração rubi clara, com reflexos granada, brilhante, límpido e muito transparente. Muitas lágrimas de densidade leve.
Ao nariz chega franco, fragrante, frutado (frutos do bosque frescos) e vinoso. Lembra ameixas vermelhas. Fundo de copo lembrando café.
Em boca tem acidez viva (refrescante), é pouco alcoólico, macio, de corpo leve e taninos equilibrados. 
Fruta fresca bem presente, embora sem excessos.
Vinho equilibrado, razoavelmente fino, razoavelmente intenso e com fim de boca razoavelmente persistente.



Leve e agradável, embora bem simples. Ideal para momentos descontraídos.



Avaliação Técnica: 62 pontos (EKN) - entenda


domingo, 26 de maio de 2013

DÃO Foral D. Henrique 2005

Olá pessoal!

O vinho selecionado ontem para acompanhar um Ravioli à Bolonhesa, preparado por este enófilo que vos fala, foi um maduro português elaborado com a tradicionalíssima casta de nossos colonizadores, Touriga Nacional, com adição da casta Jaen, recentemente estabelecida no Dão e que na Espanha também é cultivada, conhecida no entanto como Mencía.

Casta Jaen
                                                                      fonte: http://www.cvbairrada.pt


Situada na região da Beira Alta, no Centro Norte de Portugal, a zona do Dão possui excelentes condições geográficas para a produção de vinhos, uma vez que as montanhas protegem os vinhedos da influência dos ventos. São no total 2000 hectares de vinhas, estabelecidas entre 400 e 700 metros de altitude, em áreas com solos xistosos ou graníticos de pouca profundidade.

O clima da região é influenciado pelo Atlântico e pelo interior, ocasionando invernos frios e chuvosos e verões quentes e secos.


                                                      fonte: http://sommelierdan.blogspot.com.br



O Dão Foral D. Henrique 2005 não somente fez um par perfeito com o ravioli à bolonhesa, como também demonstrou que pode ser bebido sem compromisso, ou seja, fazendo um solo (rs).


                                         fonte: arquivo pessoal


Ficha técnica do vinho
Foral D. Henrique DÃO
Safra: 2005
Produtor: Foral D. Henrique
Região: DÃO (Portugal)
Uvas: Touriga Nacional e Jaen 
Teor Alcoólico: 12,5%
Amadurecimento: não disponível

Preço: R$ 23,00 meia garrafa (Lidador)



Minhas percepções
Coloração rubi mediana, com reflexos grená, límpido, brilhante, levemente opaco. Lágrimas de densidade média para leve.
No exame olfativo demonstra-se franco, amplo, fragrante, com aromas finos razoavelmente intensos e de curta persistência. Notas de frutas secas, ameixas em compota, passas, mas também ameixas vermelhas e toques florais (rosas vermelhas murchas) - características de vinho já maduro e evoluído.
Em boca apresenta médio corpo, acidez sápida (leve), pouco tânico, pouco alcoólico, frutas secas e notas florais confirmam presença, tudo bem equilibrado, com razoável intensidade e razoável persistência.


Não é um vinho de grande estrutura e complexidade, mas se mantém fino/elegante e equilibrado até a última taça, sem excessos de frutas ou outros elementos.

Correto e com boa relação custo x qualidade.


Avaliação Técnica: 67 pontos (EKN) - entenda


sábado, 25 de maio de 2013

Melini Pian del Masso Chianti 2011


Mais um Chianti aqui no blog! 

Devo confessar que tenho grande apreço pelos Chiantis. São vinhos da belíssima região da Toscana que costumam não decepcionar e, em geral, são bem gastronômicos. E, produzido pela  Fattoire Melini, vinícola fundada em 1705 em Pontassieve (Chianti), o Pian del Masso Chianti 2011 não poderia ser diferente. A tradição familiar, o amor a terra e a videira e o respeito ao terroir, são os ingredientes considerados mais importantes pela família Melini. 

A vinícola, que hoje é um dos nomes mais enraizados e respeitados na região de Chianti Clássico,  localiza-se a 300 metros de altitude e possui 554 hectares divididos em cinco vinhedos. Foi a primeira na Toscana, e uma das primeiras na Itália, a adotar o sistema de divisão dos vinhedos em lotes, de acordo com a qualidade dos vinhos produzidos.


                                         fonte: www.gruppoitalianovini.com


Ficha técnica do vinho
Pian del Masso Chianti
Safra: 2011
Produtor: Frattoire Melini
Região: Toscana (Itália)
Uvas: 100% Sangiovese Grosso
Teor Alcoólico: 13,0%
Amadurecimento: não disponível.

Preço: R$ 30,00 meia garrafa (Lidador)



Minhas percepções
Coloração rubi mediana para clara, com reflexos de tons claros (cereja), límpido, brilhante, transparente. Lágrimas médias.
Ao nariz um vinho franco, amplo, fragrante, com aromas intensos de frutas vermelhas com notas que lembram cerejas maduras (compota), algo vegetal e caramelo. Aromas persistentes.
Em boca é de médio corpo, acidez viva, taninos ainda bem presentes e álcool equilibrado.
Intenso, razoavelmente persistente, equilibrado, macio.



Outra ótima relação custo x qualidade.


Avaliação Técnica: 76 pontos (EKN) - entenda


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Dom Román 2010


Bem amigos, o vinho que apresento hoje (degustado ontem) é um exemplar da Rioja, Espanha, terra dos grandes Tempranillos, produzido pela Bodega y Viñedos Marqués de Tomares. A vinícola é uma empresa familiar resultante da dedicação de Dom Román Montaña, que iniciou a produção de vinhos em 1910, embora a bodega tenha sido fundada apenas em 1989, estabelecendo-se na região de Fuenmayor (Rioja-Espanha) na subregião de Rioja Alta. Atualmente, a vinícola é gerenciada pelos netos de Dom Román.


                                   fonte: http://www.marquesdetomares.com


O Dom Román é um assemblage espanhol das uvas Tempranillo (90%) e Graciano (10%), duas uvas de origem espanhola, sendo a primeira assim denominada devido ao seu precoce amadurecimento. A Tempranillo é uma uva muito cultivada na Espanha, sendo muito aromática e que produz vinhos elegantes e com bom potencial de guarda, enquanto que a Graciano é bem menos abundante, apresentando baixo rendimento e, em geral, é encontrada nos vinhedos misturada a outras uvas. 


                                                             fonte: arquivo pessoal


Ficha técnica do vinho
Don Román
Safra: 2010
Produtor: Bodega y Viñedos Marqués de Tomares
Região: Rioja (Espanha)
Uvas90% Tempranillo, 10% Graciano
Teor Alcoólico: 13,0%
Amadurecimento: 3 meses em barrica de carvalho novo e 9 meses em garrafa.

Preço: R$ 30,00 meia garrafa (Lidador)



Minhas percepções
Coloração rubi mediana com leves reflexos violáceos, de transparência regular, brilhante, límpido e com lágrimas de média densidade.
Ao nariz demonstra-se franco, amplo, fragrante, com aromas intensos e persistentes. É frutado (pequenos frutos do bosque), lembrando cassis e ameixas negras (compota).
Em boca é macio, de médio corpo, com bom frescor, taninos/álcool/fruta/acidez em equilíbrio. 
Um vinho pronto para beber, fino, intenso e com final persistente.


Simples, mas muito agradável.
Uma ótima relação custo x qualidade.


Avaliação Técnica: 76 pontos (EKN) - entenda


domingo, 12 de maio de 2013

Salton Talento 2007


Este é mais um vinho que veio em minha bagagem da última viagem à Serra Gaúcha. O Talento é um dos ícones da vinícola Salton, localizada no distrito de Tuiuty, em Bento Gonçalves. Trata-se de um belo assemblage de Cabernet Sauvignon, Merlot e Tannat.

Como já falei sobre a vinícola Salton em postagem anterior, passarei direto à avaliação do vinho. 


Arquivo pessoal


Ficha técnica do vinho
Salton Talento 
Safra: 2011
Produtor: Vinícola Salton
Região: Bento Gonçalves (RS - Brasil)
Uvas: 60% Cabernet Sauvignon, 30% Merlot e 10% Tannat
Teor Alcoólico: 13,0%
Amadurecimento: não informado.

Preço: R$ 46,00 (Loja da Vinícola Salton)



Minhas percepções
Coloração rubi mediana para escura, límpido, levemente opaco, brilhante, e com muitas lágrimas densas (indicando bom corpo).
Franco, fragrante, etéreo, de grande complexidade, com aromas intensos e persistentes, frutados, lembrando ameixas maduras, compota de frutas negras, madeira e baunilha.
Em boca muito equilibrado, encorpado, intenso e com final longo (com o tempo lembra café). Taninos, álcool, acidez e fruta em perfeita harmonia.
Um vinho maduro e com boa estrutura.


Acompanhou perfeitamente uma bela polenta italiana ao molho de calabresas.
Acima dos padrões dos vinhos nacionais.


Avaliação Técnica: 83 pontos (EKN) - entenda


quarta-feira, 8 de maio de 2013

Rocca delle Macìe - Vernaiolo Chianti 2011


A vinícola Rocca delle Macìe foi fundada em 1973 e suas terras estendem-se por mais de 600 hectares dos quais a grande maioria é utilizada na produção de vinhos e 80 hectares são utilizados para o cultivo de olivas. A empresa é dividida em seis propriedades: Le Macie, Santo Afonso, Fizzano e le Tavolelle, estas na zona de Chianti Clássico, além do Campomaccione adquirido recentemente e Casamaria ambas na região de Scansano Morellino.


                                   fonte: http://www.roccadellemacie.com


O vinho de hoje é um assemblage de Sangiovese, Merlot e Canaiolo, prevalecendo a Sangiovese (90%), casta mais cultivada e mais utilizada na produção de vinhos da Toscana.





Ficha técnica do vinho
Rocca delle Macìe - Vernaiolo Chianti (DOCG)
Safra: 2011
Produtor: Rocca delle Macìe 
Região: Toscana (Itália)
Uvas: 90% Sangiovese, 5% Merlot e 5% Canaiolo
Teor Alcoólico: 13,0%
Amadurecimento: não informado.

Preço: R$ 40,00 meia garrafa (Bergut)



Minhas percepções
Coloração rubi clara com reflexos roses, transparente, muito límpido, brilhante, lágrimas medianas a leves.
Ao nariz demonstra-se franco, amplo, fragrante, frutado, lembrando morangos maduros, cerejas, com notas florais. Aromas razoavelmente intensos e razoavelmente persistentes.
Em boca corpo leve, equilíbrio harmônico entre álcool, taninos, acidez e fruta. Tudo na medida certa: álcool leve, taninos aveludados, acidez refrescante e fruta sem excessos.



Um vinho elegante, intenso e com final razoavelmente persistente.
Muito bom. Merece um vale a pena abrir de novo!


Avaliação Técnica: 81 pontos (EKN) - entenda



quarta-feira, 1 de maio de 2013

Doña Paula - Paula Chardonnay 2011


Aproveitando o feriado do Dia do Trabalhador para abrir uma garrafinha!
E o escolhido de hoje foi um branco que me surpreendeu por sua simplicidade e incrível estrutura.

A Chardonnay é, sem sombra de dúvidas, a uva branca mais conhecida internacionalmente e, talvez, também seja a casta branca mais apreciada pelos enófilos. De origem francesa, sua melhor expressão é registrada na Borgonha, embora em Champagne seja a principal uva do vinho mais famoso do mundo, o champagne, que pode ser produzido através de assemblage de três uvas (Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier).

A uva também é a casta branca mais cultivada em todo o mundo. Do hemisfério Norte ao hemisfério Sul, em boa parte da Europa, nos EUA (Califórnia principalmente), na Austrália, no Chile, no Brasil e na Argentina.

O vinho de hoje é produzido pela vinícola Doña Paula, uma das mais tradicionais de Mendoza. A vinícola adquiriu seus primeiros vinhedos na região de Luján de Cuyo em 1997, onde iniciou seu cultivo de Malbec e a produção de seus primeiros vinhos. Nos anos seguintes, expandiu seus cultivos para as áreas de Finca de los Cerezos, em Tupungato, região com terroir adequado para castas de amadurecimento precoce, que confere alta acidez e frescor as uvas. 


                                 fonte: www.donapaula.com

Atualmente, cerca de 97% da produção da vinícola é exportada para mais de sessenta países, sendo seus vinhos reconhecidos pelas altas pontuações obtidas em concursos internacionais.

Ficha técnica do vinho
Doña Paula Paula Chardonnay
Safra: 2011
Produtor: Doña Paula 
Região: Luján de Cuyo e Valle de Uco - Mendoza (AR)
Uvas100% Chardonnay
Teor Alcoólico: 13,5%
Amadurecimento: 4 meses em carvalho.

Preço: R$ 21,00 - meia garrafa (http://www.grandcru.com.br)


Minhas percepções
Bela cor amarelo ouro clara, muito brilhante, muito límpido e transparente. Lágrimas medianas.
Aromas muito intensos e persistentes, muito frutado, lembrando pêssegos, manga (bem marcante), abacaxi e algo mineral.
Em boca, bom corpo, boa cremosidade, muita fruta (mas, sem desequilíbrios ou excessos), acidez bem marcante e taninos presentes (acredito que pela passagem em carvalho), álcool em perfeito equilíbrio. 
Um vinho equilibrado, fino, intenso e com final persistente.
Muito bem estruturado e bastante correto.



Muito boa relação custo x qualidade!


Avaliação Técnica: 82 pontos (EKN) - entenda