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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Tabalí Reserva Syrah 2010


Olá amigos e confrades! 

Como todos sabem, o clima no Rio de Janeiro na maior parte do ano é caracterizado pelo excessivo calor, inclusive no pseudo-inverno da cidade 40°C. E, com um clima desse, muitas vezes fica difícil abrir uma garrafa de um bom tinto, até mesmo para quem se habilita a fazê-lo com o ar condicionado ligado. Bem... Todo este meu blá blá blá é para justificar o tempo que fiquei sem postar aqui no blog.

Enfim, as temperaturas parecem estar dando uma trégua neste finalzinho de abril. E, como um grande amante dos tintos, aproveitei para abrir um potente Syrah chileno.

Fundada em 1993 a Viña Tabalí iniciou sua produção de vinhos plantando suas uvas em um dos vales mais promissores do Chile. O Vale do Limarí, situa-se próximo a região do deserto do Atacama e também do Oceano Pacífico, fazendo com que seu terroir seja influenciado pelos dias quentes e noites com temperaturas bem baixas, conferindo considerável amplitude térmica que, aliada à carência de chuvas durante a colheita, permite um perfeito e lento amadurecimento das uvas, além de manter os vinhedos saudáveis.


                                fonte: http://www.tabali.com

Sobre a uva Syrah já comentamos em postagem anterior. Então passaremos agora direto à análise do vinho de hoje: Tabalí Reserva Syrah 2010.

Ficha técnica do vinho
Tabalí Reserva Syrah
Safra: 2010
Produtor: Viña Tabalí 
Região: Vale do Limarí (CH)
Uvas100% Syrah
Teor Alcoólico: 14,5%
Amadurecimento: 12 meses em carvalho francês.

Preço: R$ 54,00 (http://www.grandcru.com.br)
Revista Decanter: 5 estrelas


Minhas percepções
De coloração violácea escura, com reflexos violáceos, lágrimas muito densas, características de vinhos com esse teor alcoólico. Brilhante e levemente opaco.
Ao nariz demonstrou-se um vinho franco, fragrante, amplo, frutado (frutos silvestres, ameixas maduras e negras, compota, morangos), couro, madeira, amêndoas. Complexo, intenso e persistente.
Em boca, encorpado, com acidez alta (vivo), álcool um pouco pronunciado, taninos bem presentes, mas equilibrados. 
Vinho ainda bastante jovem, razoavelmente equilibrado, intenso e com final longo, deixando a boca enxuta.
Tem potencial para evoluir com mais uns 2 a 3 anos de guarda.


Um vinho potente que surpreendeu pelo seu corpo e estrutura.


Vale a compra de outras garrafas para acompanhar a sua promissora evolução que, muito provavelmente, garantirá um melhor equilíbrio entre seus elementos, com álcool e taninos mais integrados a fruta.



Avaliação Técnica: 77 pontos (EKN) - entenda




sábado, 13 de abril de 2013

Marco Luigi Reserva Malbec 2009


Olá amigos! Após alguns dias sem uma tacinha de vinho sequer, hoje resolvi abrir o Marco Luigi Reserva Malbec 2009. Mais um vinho que trouxe da Serra Gaúcha.

Originária de Cahors, sudoeste da França, a Malbec, conhecida por lá como Auxerrois, como Côt no Loire, e como Perssac em Saint-Emilion, é uma uva caracterizada por gerar vinhos rústicos e pesados em sua terra natal, com grande concentração de taninos e acidez e de coloração escura.
No Novo Mundo, adaptou-se muito bem ao terroir argentino, principalmente em Mendoza, sendo a uva tinta mais cultivada do país, dando origem a vinhos encorpados, repletos de extratos, com fruta mais madura, intensa coloração, excelente estrutura e qualidades incontestáveis.
Embora beneficie-se do estágio em carvalho, não é uma uva com grande potencial de envelhecimento.
No Brasil não está entre as castas mais cultivadas, porém já são encontrados exemplares de qualidade.

foto:entretenimento.r7.com


Mais uma vez vou me permitir passar direto a avaliação do vinho, uma vez que já falei sobre a vinícola Margo Luigi em publicação anterior, na qual relatei minha visita à vinícola.


                                                         fonte: arquivo pessoal


Ficha técnica do vinho
Marco Luigi Reserva Malbec
Safra: 2009
Produtor: Vinícola Marco Luigi 
Região: Vale dos Vinhedos (RS)
Uvas100% Malbec
Teor Alcoólico: 12,8%
Amadurecimento: 8 meses em carvalho.

Preço: R$ 29,00 (Loja da Vinícola)  -  R$ 30,23 (http://www.marcoluigi.com.br)


Minhas percepções
Bela coloração vermelho-rubi claro, lágrimas leves para medianas, brilhante, muito límpido e com transparência regular.
Ao nariz, franco, fragrante, amplo, com aromas razoavelmente intensos e razoavelmente persistentes. Frutado, apresentando compotas de frutas vermelhas maduras, cerejas doces, noz-moscada. Com o tempo surgem aromas florais.
Em boca, é seco, de corpo leve para médio, com acidez fresca, álcool equilibrado (pouco alcoólico), pouco tânico, macio e harmônico (Perfeito equilíbrio!). Confirma o frutado, com presença também de defumado.
Um vinho razoavelmente fino, razoavelmente intenso e final não muito persistente (até um pouco curto).


Um Malbec bem diferente dos encorpados argentinos que, embora simples e sem potencial de guarda, é muito agradável, não apresenta excessos de fruta ou de álcool.

Leve e saboroso, acompanhou muito bem uma pizza de calabresa e ovos cozidos ralados.

Entrou para a minha lista de ótimo custo x qualidade.

Vale a pena outras garrafas!


Avaliação Técnica: 73 pontos (EKN) - entenda



Vale dos Vinhedos - Capítulo Final: Marco Luigi e Chandon

Finalizando o nosso passeio pelo Vale dos Vinhedos, chegamos à Marco Luigi por volta de 12:30 da quinta-feira (14/03), e fomos muito bem recebidos pela sommelier da vinícola.

A empresa familiar que vem passando de geração para geração foi fundada em 1875, registrada em 1946, e atualmente é gerenciada pelo Sr. Victor Luigi, filho de Marco Luigi, que cuida pessoalmente do cultivo das uvas, do plantio até a colheita.

Sua sede embora pequena possui belas instalações, sendo composta pela cantina, cave para guarda de vinhos e espumantes e uma charmosa lojinha onde são comercializados os produtos da vinícola e também realizadas as degustações.




Degustamos alguns vinhos da Marco Luigi (uns 5 ou 6, não me lembro agora), dos quais se destacaram:

- Marco Luigi Brut Grande Reserva: espumante elaborada pelo método champenoise com as uvas Chardonnay, Pinot Noir e Merlot, com bela cor, fina perlage e muito boa acidez. Trouxe uma garrafa na mala. Esse eu indico.
   
- Marco Luigi Malbec Reserva 2009: um Malbec bem diferente dos argentinos, e até mesmo dos nacionais, que havia degustado. Frutado, leve, corpo leve para médio, equilibrado. Também veio na mala.

- Marco Luigi Marselan Reserva 2009: primeira vez que degustei um Marselan. Frutado, frutas bem maduras, floral, leve para médio corpo. Um vinho agradável e fácil de beber. Me arrependi de não trazê-lo também.



A visita não é cobrada e é seguida de degustação dos vinhos da vinícola, sempre guiada por sua simpática equipe.

Ao sairmos da Marco Luigi, fomos almoçar no restaurante Mamma Gema e, novamente, optamos pelo rodízio de massas e carnes. Simplesmente, sensacional. Pratos de alta qualidade e excelente relação custo benefício (R$ 48,00 por pessoa).

Após o almoço, pegamos o caminho de volta para Gramado, mas, antes resolvemos parar em Garibaldi (terra dos espumantes) para visitarmos a Chandon do Brasil.





A empresa faz parte do gigante e luxuoso grupo LVMH (Louis Vuitton Moet Hennessy) e instalou-se em Garibaldi para explorar o potencial do excelente terroir da região para a produção de espumantes em 1973.

O grupo LVMH é líder mundial na produção de espumantes, presente também na Austrália, Argentina e Califórnia.

A sede da Chandon no Brasil é belíssima e dotada de equipamentos de alta tecnologia, além dos mais desenvolvidos laboratórios de assemblage para espumantes.






                  Engarrafamento de espumantes baby (187 ml).

Todos os espumantes da Chandon são produzidos pelo método Charmat, no qual a segunda fermentação é realizada em tanques de aço inox fechados, para preservação do gás carbônico.

Tivemos a oportunidade de degustar direto do tanque de segunda fermentação o espumante Excellence Cuvée Prestige Brut, elaborado com assemblage das uvas Chardonnay e Pinot Noir.





Ao final do tour, fomos conduzidos à sala de degustações, onde provamos todos os espumantes da Chandon, com destaque para o Chandon Brut Rosé, o Excellence Cuvée Prestige Brut e para o Excellence Cuvée Prestige Brut Rosé. Todos muito bem elaborados, com lindas perlages, aromas e longo final. 

A visita à Chandon e as degustações são gratuitas e a recepção é muito boa. Vale a visita!



                                Lindos os vinhedos da Chandon - situados à frente de um mirante.


Bem amigos, assim concluo o relato sobre a magnífica jornada que fizemos ao Vale dos Vinhedos. Já estamos programando o nosso retorno, que espero ocorrer muito em breve, pois adoramos o passeio, que muito valor agregou à nossa viagem de férias.

Sem dúvida uma experiência sensacional, que indicamos à todos.